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Atualização: Novas fotos tiradas no fim de semana passado no SeaWorld Orlando pela Ocean Advocate News mostram que a lesão dorsal de Katina não está curando ou, na melhor das hipóteses, está curando muito lentamente. Ela pode ter sofrido uma ruptura permanente da barbatana dorsal; apesar disso, o SeaWorld ainda a está forçando a realizar truques sem sentido dia após dia e não tem intenção de enviá-la para um santuário marítimo, onde, no mínimo, ela não correria o risco de sofrer mais lesões na nadadeira em interações com companheiros incompatíveis de tanque.
Publicado originalmente em 2 de abril de 2018:
A barbatana dorsal da orca Katina sofreu uma lesão potencialmente fatal durante uma interação com membros incompatíveis de sua “família” artificial no SeaWorld Orlando.
Como mostram as fotos, a ferida é profunda e um grande pedaço de sua barbatana parece estar faltando. As barbatanas dorsais das orcas têm uma extensa rede de vasos sanguíneos que ajudam os animais a regular a temperatura corporal. Embora se saiba que na natureza, as orcas sobrevivem a traumas graves nas barbatanas dorsais, como aquelas causadas por golpes de hélices de barcos, para orcas em cativeiro a cura é muito mais difícil. Feridas grandes e abertas as tornam particularmente suscetíveis a infecções por patógenos ambientais, e as infecções são a principal causa de morte entre as orcas em cativeiro. A vida de Katina depende da cura da ferida.
O SeaWorld está alegando falsamente que tais interações entre orcas são “um comportamento natural e esperado”. Mas a empresa provavelmente sabe que agressões raramente são observadas entre familiares na natureza. Orcas em cativeiro geralmente brigam porque membros de diferentes famílias foram retirados de seus lares e famílias e amontoados em pequenos tanques de concreto sob condições estressantes com estranhos que geralmente nem falam o mesmo dialeto.
Na natureza, Katina supervisionaria uma unidade familiar composta por várias gerações de seus descendentes machos e fêmeas. Ela ensinaria sua família a navegar em vastos territórios oceânicos, falar um dialeto distinto e encontrar comida em tempos de escassez.
No SeaWorld Orlando, sua “família” consiste em apenas três familiares diretos, sendo um deles o resultado de uma procriação consanguínea com outro filho, e o outro, um de seus netos, que normalmente não conviveria com a avó paterna na natureza. Os dois membros restantes da “família”, incluindo Malia, que está com uma infecção que causou lesões em seu corpo, não têm parentesco algum com ela.
A Dra. Heather Rally, veterinária supervisora da Fundação PETA, divulgou esta declaração à mídia:
O SeaWorld afirma convenientemente que mantém as orcas em grupos familiares coesos, mas, na realidade, essa orca matriarca é mantida em um pequeno tanque de concreto com outras cinco orcas, das quais apenas três são de sua família, e sofreu de forma intensa quando um grande pedaço de sua barbatana dorsal foi arrancado. Embora agressões sejam raramente vistas entre membros da mesma família na natureza, feridas traumáticas como a de Katina são uma consequência muito comum entre animais selvagens complexos forçados a viver em grupos incompatíveis e não naturais dentro de pequenos tanques. A vida de Katina depende da cicatrização dessa ferida; portanto, a PETA está novamente pedindo ao SeaWorld que envie as orcas para santuários marítimos, onde possam viver vidas mais naturais e seguras.
A PETA apresentou uma queixa e exigiu que o Departamento de Agricultura dos EUA investigasse possíveis violações da Lei Federal de Bem-Estar Animal. Também protestamos do lado de fora do SeaWorld Orlando para exigir que enviasse os animais mantidos em cativeiro para santuários marítimos, onde eles viveriam uma vida mais natural e se beneficiariam dos cuidados humanos pelo tempo que for necessário. Pedimos a todos que digam ao SeaWorld para esvaziar seus tanques agora mesmo.
Mais informações em português:
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